Tricolor faz jogo ruim em Criciúma, mas consegue um empate valoroso na briga pelo seu objetivo
É desafiador para o São Paulo se manter motivado a todo o tempo na disputa do Campeonato Brasileiro num momento pós-eliminações das Copas, com jogos completamente espaçados um do outro e sem nenhuma chance de título.
No discurso, Zubeldía e os jogadores falam em buscar a melhor pontuação possível, é claro. Mas a meta de se manter num G-6 de olho no que vem apenas no próximo ano não é das mais fáceis.
Depois de um atropelo contra o Vasco antes da Data Fifa, o São Paulo voltou a campo dez dias depois para uma atuação irregular. Em 90 minutos contra o Criciúma, foi de uma lambança para um golaço que definiu o empate por 1 a 1, num ponto suado e que deve ser comemorado diante do cenário da partida.
Foi, afinal, um jogo de pouquíssimo brilho do São Paulo em Santa Catarina. Apático no primeiro tempo, deu de presente ao Tigre um gol que teve como protagonistas da lambança o goleiro Rafael, o lateral Igor Vinícius, mas principalmente o zagueiro Arboleda, que não conseguiu dar chutão numa bola fácil. Na segunda etapa, depois das mudanças, o time aumentou o volume e empatou no fim.
Sem Welington, suspenso, e Bobadilla, com dores, Zubeldía levou a campo a mesma estrutura de sempre: um time no 4-2-3-1, mas com Erick pela direita e Lucas pela esquerda, tentando tramas com Jamal Lewis. Com um meio-campo pouco criativo, o time sofreu muito para criar jogadas de gol.
A situação teve uma melhora na segunda etapa, com a entrada de nomes como Ferreira e Rato, mas o São Paulo não mereceu mais do que conseguiu: um empate chorado. Há nitidamente uma falta de repertório ofensivo, principalmente no setor que inicia as jogadas. Falta aproximação e verticalidade.
Com 51 pontos, foi ultrapassado na tabela pelo Internacional. Na quarta, verá de camarote o jogo atrasado entre o mesmo Inter e o Flamengo, dois times que estão exatamente acima na tabela.
A volta a campo será só no dia 5 de novembro, contra o Bahia. Mais uma vez, o time ficará por vários dias sem atuar, num estágio de adiamento de decisões e perda de energia. Que Zubeldía e sua comissão técnica consigam injetar a energia necessária aos atletas neste período.
Fonte: Por Marcelo Braga — São Paulo