Nesta época do ano, o número de animais atropelados nas rodovias do noroeste paulista cresce cerca de 20%, segundo estimativa da Polícia Rodoviária Estadual (PRE). Isso ocorre por conta do aumento no fluxo de veículos devido às férias e às viagens de fim de ano.
Polícia Rodoviária de Araçatuba registrou, em 2024, 104 atropelamentos de animais
Durante o fim do ano, o movimento nas rodovias da região cresce 11%. Com a proximidade das matas e áreas de preservação ambiental, os acidentes com animais tendem a aumentar. Situação que também ocorre em outras localidades.
O levantamento da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) mostra que, entre 2019 e 2023, mais de 36 mil animais silvestres foram atropelados em toda a malha de rodovias concedidas no estado de São Paulo.
Metade dos atendimentos
Recentemente, um tamanduá foi encontrado atropelado às margens da Rodovia Eliezer Montenegro Magalhães (SP-463), em Auriflama (SP). Ao ver o animal, uma motorista que passava pelo local parou o carro e pediu ajuda.
O tamanduá foi socorrido e levado para o Centro de Reabilitação da ONG Mata Ciliar, que funciona no campus da Unesp de Araçatuba, em parceria com a Faculdade de Medicina Veterinária. Ele recebeu tratamento, mas morreu devido à gravidade dos ferimentos.
De acordo com a ONG, os animais atropelados representam metade dos atendimentos no centro de reabilitação.
O médico veterinário Lucas Pereira de Jesus, da Mata Ciliar, explica que são feitos exames clínicos gerais e de emergência para avaliar o estado do animal e o tratamento adequado. O objetivo é reabilitar o espécime para que seja devolvido à natureza.