Grupo de São José do Rio Preto (SP), formado em 2001, reúne 320 caravanistas. Eles percorrem as prainhas de água doce e outros destinos da região noroeste paulista.
Uma turma de caravanistas e campistas aproveita qualquer feriado prolongado para passear pela região de São José do Rio Preto (SP) utilizando trailers e motorhomes. O grupo percorre as prainhas de água doce e outros destinos em busca de paz, belas paisagens e praticidade.
A praia municipal de Mendonça (SP) foi o ponto de encontro mais recente do Grupo de Campistas/Caravanistas dos Grandes Lagos, que existe desde 2001. Dezenas de membros participaram do evento anual realizado no feriado da Proclamação da República, em 15 de novembro. Situação que, para muitos deles, também é considerada rotineira aos finais de semana.
“Quando o grupo foi formado, éramos em dez pessoas de Rio Preto. A coisa foi expandindo e hoje já são 320 sócios”, explica Emerson Gomes de Oliveira, organizador dos encontros.
Além de Mendonça, o encontro anual da turma ocorre há três anos em diferentes lugares da região noroeste paulista.
Todavia, eles não ficam somente à espera da tradicional reunião. Só neste semestre, os campistas já estiveram em Buritama, Cosmorama, Riolândia e Sales.
“Viajar e conhecer os lugares como turista é uma coisa. Mas, morar em um lugar durante um período, conhecer o pessoal dali, fazer amizades e vínculos, é muito diferente”, disse a enfermeira Shirlei Roca, em entrevista à TV TEM.
No ano passado, ela deixou o emprego e viajou com a companheira pelas praias do Nordeste brasileiro dentro da perua Kombi que foi transformada em motorhome.
“Você passa a morar naquela cidade por um período. As pessoas te recebem de maneira diferente. Foi a melhor experiência da nossa vida”, explica a campista.
Baixo custo
Para o aposentado Orlando da Silva Bueno, sair com a Kombi e visitar os campings da região é uma maneira de conhecer o interior paulista sem gastar muito.
“Estou gastando entre 500 a 600 reais com combustível e comida. Se ficasse em casa, seria bem mais, uns 1 mil reais em despesas”, diz o aposentado.
A perua, que foi transformada em motorhome pelo empresário Danielison Polonio, de Bariri (SP), tem cozinha, televisão, sofá que vira cama, box para tomar banho. Incluindo um quarto de dormir sobre o teto do veículo, com uma escotilha que permite observar a paisagem.
“A gente dorme embaixo, dorme em cima. É de acordo com o ambiente. Tudo fica legal”, explica o empresário, que participou pela primeira vez do encontro do Grupo dos Grandes Lagos.
Cama, mesa e banho
Se a roupa fica suja, não tem problema: a empresária Lilian Paulino instalou uma lavadora e secadora na “perua-motorhome” com a qual aproveita para desbravar diversos lugares.
“Numa viagem de 50 dias, não dá nem para carregar tanta roupa. Então, quando suja, a gente coloca na máquina e lava. E não temos nem que pagar lavanderia”, diz Lilian. A empresária revela que o próximo destino, em dezembro, é a cidade de Machu Picchu, na cordilheira dos Andes, no Peru.
