
As obras da Piscina Olímpica de Andradina completaram 60 dias e atingem agora a etapa da construção das casas de máquinas, parte essencial para o funcionamento do complexo esportivo. O projeto, sonhado há anos como incentivo para o esporte e formação de novos atletas, enfrentou uma longa trajetória de paralisações e abandonos desde que foi anunciado.
Inicialmente prometida como um marco para o futuro esportivo de crianças e jovens andradinenses, a piscina teve suas primeiras licitações frustradas em gestões anteriores. Em 2015, durante o mandato 2012–2015, o contrato de R$ 2.637.047,63 foi abandonado pela empresa responsável. Em 2019, na gestão seguinte, a segunda tentativa também fracassou: o contrato de R$ 3.118.371,99 teve o mesmo destino. Somente no atual governo houve a aplicação de penalidade a uma das construtoras, com multa no valor de R$ 157.812,93.
Agora, a expectativa da Secretaria Municipal de Obras é de que a retomada definitiva custe menos de R$ 1 milhão, valor que aguarda liberação pela Caixa Econômica Federal. A conclusão do projeto é considerada prioridade pelo atual prefeito, que vê na piscina olímpica uma oportunidade de resgatar a tradição esportiva de Andradina e preparar novos talentos para competições nacionais e internacionais.
Tradição no esporte
Com medidas oficiais capazes de sediar até mesmo disputas internacionais, a nova piscina reforça a vocação esportiva de Andradina. O município tem um histórico expressivo na natação brasileira, tendo revelado nomes como Ricardo Prado, Rosamaria Prado e Manoel dos Santos, o “Maninho”, atletas que marcaram diferentes gerações.
Rosamaria Prado foi destaque nas seleções paulista e brasileira, conquistando títulos como o bicampeonato da Copa Latina em Las Canárias (Espanha, 1975) e em Acapulco (México, 1976), além de recordes sul-americanos nas provas de 100 e 200 metros costas.
Ricardo Prado, considerado o maior nadador brasileiro da década de 1980, começou a competir aos cinco anos e, aos 17, conquistou o título mundial dos 400 metros medley em Guayaquil, quebrando o recorde mundial com 4m19s78. Foi medalhista em diversas competições internacionais, incluindo a prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984.
Mantendo viva essa tradição, o atleta Marco Antônio Ferreira é o nome atual que representa Andradina na natação de alto rendimento, sendo campeão do Pan Pacífico e candidato a vaga nas próximas Olimpíadas.
Recentemente Andradina vê crescer a carreira da nadadora Júlia Naomi, uam grande promessa para a natação brasileira.
Com a retomada da piscina olímpica, a cidade busca não apenas concluir uma obra simbólica, mas também reabrir o caminho de excelência esportiva que projetou Andradina no cenário nacional e mundial da natação.



