O Brasil vive, há anos, um cenário de polarização política que se consolidou entre dois lados hoje classificados como direita e esquerda. Essa divisão, em vez de representar a riqueza de visões em uma democracia, acabou se transformando em um confronto permanente que trouxe graves prejuízos para a sociedade.
De um lado, vimos escândalos de corrupção sem precedentes, com um governo acusado e julgado por coordenar a maior operação de desvio de dinheiro da história do país. Do outro, acompanhamos uma postura marcada pela indiferença diante da dor de milhares de famílias, quando a pandemia foi tratada com piadas e orientações equivocadas que agravaram o sofrimento da população. Soma-se a isso a tentativa de se perpetuar no poder por meio de um discurso de desconfiança permanente, tentando convencer os brasileiros de que qualquer resultado contrário seria fraude.
Esse embate ideológico, reforçado por defensores apaixonados de cada lado, expõe uma dura realidade: independentemente da cor partidária, a política nacional parece ter se afastado de sua verdadeira missão, que é servir ao povo. Quando a sociedade fecha os olhos para os erros, justifica abusos e aceita a impunidade em nome de uma bandeira, o resultado é a fragilização da democracia.
É urgente que os brasileiros despertem para além da polarização. O país precisa buscar alternativas que promovam o diálogo, a justiça e a responsabilidade pública. Só assim poderemos retomar o caminho de uma democracia madura, em que os interesses coletivos prevaleçam sobre a disputa de poder e em que o povo não seja refém de extremos, mas protagonista de um futuro mais justo e equilibrado.
