Diversos incêndios foram registrados nesta última quinta-feira, 11, em cidades das regiões de São José do Rio Preto e Araçatuba, provocando destruição em áreas de preservação, atingindo propriedades rurais e até interditando rodovia devido à forte fumaça.
Em Rio Preto, as chamas consumiram uma área de mata próxima ao bairro Setsul e chegaram perto de chácaras. Em uma das propriedades, um bezerro desapareceu e a suspeita é de que tenha morrido. Já no distrito de Engenheiro Schmitt e em Guapiaçu, plantações de cana-de-açúcar também foram destruídas pelo fogo.
Casos semelhantes foram registrados em Votuporanga, Bady Bassitt, Tanabi, Jales e Alto Alegre. Nessas cidades, pastagens, áreas de proteção permanente e até vegetação de Mata Atlântica foram afetadas. Equipes do Corpo de Bombeiros, brigadistas de usinas, Defesa Civil e caminhões-pipa das prefeituras foram acionados para conter as chamas.
Apesar da gravidade, até a última atualização não havia registros de feridos ou casas atingidas, mas os danos ambientais e rurais foram significativos.
Nesta quinta-feira, pela terceira vez na semana, a Defesa Civil emitiu alerta via celular para o risco de queimadas, destacando a queda brusca da umidade do ar. Segundo dados do Ciiagro, Unesp, Inmet e Cetesb, cidades como Ariranha, Mirassol e Pindorama registraram apenas 8% de umidade relativa, índice muito abaixo dos 60% recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Rio Preto, José Bonifácio, Catanduva e Santa Fé do Sul marcaram 9%, enquanto Araçatuba, Valparaíso, Altair e Votuporanga ficaram em 10%.
De acordo com os órgãos de monitoramento, a combinação de estiagem prolongada e altas temperaturas favorece o surgimento e a propagação de incêndios. Em Ilha Solteira, os termômetros chegaram a 39°C durante a tarde, intensificando ainda mais o cenário crítico.
Apesar dos esforços das equipes, os incêndios causaram grandes prejuízos ambientais e rurais. Até a última atualização, não havia registro de feridos ou imóveis atingidos.
Por Wesley Pedrosa