Amigos e familiares de Carmen Oliveira, desaparecida desde 12 de junho, realizaram na noite desta quarta-feira, 10 de setembro, uma vigília em frente à Delegacia de Polícia de Ilha Solteira.
O pai de Carmen, Gerson Oliveira, afirmou ter ido todos os dias à Delegacia em busca de respostas e justiça. Sobre o inquérito, já concluído, ele destacou a agilidade e parabenizou o delegado Miguel Gomes da Rocha Neto e a equipe de investigadores, mas disse não estar satisfeito. “Queríamos ter o corpo da Carmen para fazer um velório digno. Temos fé que isso ainda vai acontecer”, declarou.
Sobre os próximos passos, onde o Ministério Público vai analisar as provas e decidir se oferece ou não a denúncia, Gerson ressaltou que espera justiça. “Espero que os dois sejam punidos pela barbaridade que fizeram com a Carmen e recebam a condenação que merecem.”
Na última sexta-feira (5), a Justiça de Ilha Solteira decretou a prisão preventiva de Marcos Yuri Amorim, namorado de Carmen, e do policial da reserva Roberto Oliveira. Eles são apontados como os principais suspeitos do desaparecimento ocorrido em 12 de junho.
Ambos estavam presos temporariamente desde 10 de julho e poderiam ser liberados no sábado (6), caso a Justiça não tivesse decretado a preventiva.
O pedido foi feito pelo delegado responsável pelo caso, Miguel Rocha, que já concluiu o inquérito policial, indiciando os dois por feminicídio e ocultação de cadáver.
O Ministério Público prorrogou por mais dez dias o prazo para novas diligências. Em seguida, caberá ao órgão analisar as provas reunidas e decidir se oferece ou não a denúncia contra os acusados.
Por Douglas Cossi Fagundes