Moradores de Andradina cobraram mais investimentos na Santa Casa, durante audiência do Orçamento
A Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) realizou, na última quinta-feira, 21, em Andradina, a sétima audiência pública voltada para a elaboração do Orçamento estadual de 2026. O encontro reuniu parlamentares, autoridades municipais e moradores, que apresentaram suas principais demandas. A saúde foi o tema mais citado, com pedidos de ampliação de recursos para a Santa Casa de Andradina e hospitais da região.
O presidente da Câmara de Andradina, Edgar Dourado Matos, defendeu verbas para reformas, ampliações e aquisição de equipamentos. O prefeito Mário Celso Lopes destacou que o hospital é referência para cirurgias de média e alta complexidade e relatou que os custos mensais giram em torno de R$ 1 milhão, valor que tem sido arcado em grande parte pela Prefeitura.
Outros prefeitos da região também reforçaram a necessidade de apoio financeiro ao setor. O chefe do Executivo de Murutinga do Sul, Cristiano Eleutério, chegou a dizer que abriria mão de recursos destinados ao município para priorizar a Santa Casa de Andradina. Já o prefeito de Guaraçaí, Airton José Gomes, pediu ampliação da assistência farmacêutica e mais atenção ao tratamento de doenças crônicas.
Além da saúde, houve solicitações de investimentos em escolas públicas, instituições de apoio a crianças com TEA e TDAH, e iniciativas de proteção animal. Everton Verga, representante de Mirandópolis, mencionou as dificuldades de cidades menores em manter serviços especializados, como os oferecidos pela Associação Ser Criança.
Ao final da audiência, os deputados da Comissão de Finanças anunciaram a destinação de R$ 1 milhão em emendas parlamentares para a região. Do total, R$ 700 mil serão encaminhados para a Santa Casa de Andradina, R$ 200 mil para a Santa Casa de Valparaíso e R$ 100 mil para a Associação Ser Criança, de Mirandópolis. Os recursos ainda precisam ser confirmados na votação do Orçamento, prevista para o fim do ano.
As audiências da Comissão seguem em outras cidades do Estado até outubro. As propostas levantadas nesses encontros serão incorporadas ao texto da LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2026, que define a arrecadação e os investimentos do governo paulista em áreas como saúde, educação e segurança pública.
Por Wesley Pedrosa