O golpe do Pix envolvendo contas clonadas no WhatsApp continua fazendo vítimas na região, mesmo após inúmeros alertas das autoridades. A prática criminosa tem se tornado cada vez mais comum e sofisticada.
Os golpistas usam fotos públicas nas redes sociais, principalmente no Facebook, para se passar por filhos, filhas ou parentes próximos das vítimas.
Foi o que aconteceu com um senhor de 82 anos, morador de Andradina. Ele recebeu uma mensagem no WhatsApp com a foto da filha, que os criminosos haviam retirado do perfil dela no Facebook. O contato dizia que havia trocado de número e, com um discurso convincente, pediu um Pix para uma conta bancária com nome diferente. Por sorte, o idoso desconfiou da situação e não realizou a transferência.
Em outros casos, no entanto, a lábia dos golpistas tem se mostrado eficaz. Com frases como “é o número novo da empresa”, “estou com problemas no celular antigo” ou “estou precisando de um favor urgente”, eles conseguem apelar para o emocional da vítima. E pior: geralmente já sabem detalhes como nomes de familiares, forma de tratamento (pai, mãe, irmão), o que aumenta a credibilidade do golpe.
A orientação é clara: nunca faça transferências financeiras baseando-se apenas em mensagens de texto ou imagem. Se alguém pedir dinheiro pelo WhatsApp, mesmo que a foto e o nome sejam de um parente, ligue para a pessoa e confirme por chamada de voz ou vídeo antes de qualquer ação.
Além disso, é essencial ativar a verificação em duas etapas no WhatsApp e restringir a privacidade das redes sociais, evitando que qualquer pessoa tenha acesso às suas informações e imagens.
A Polícia Civil reforça que, em caso de golpe, a vítima deve registrar boletim de ocorrência o quanto antes. Também é importante notificar o banco e tentar bloquear o valor, se possível.
Enquanto os criminosos se modernizam, a atenção e a checagem devem ser redobradas. Em tempos de golpes cada vez mais convincentes, a prevenção continua sendo o melhor caminho.
Por H+ Andradina