Caso está sendo investigado pela Delegacia da Mulher
A Polícia Civil investiga uma suposta agressão de quatro funcionárias contra um menino de quatro anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em uma creche de Ilha Solteira.
A Prefeitura de Ilha Solteira abriu uma sindicância para apurar a denúncia.
O caso foi revelado na última terça-feira, 8 de julho, pela TV TEM. A reportagem informou que, de acordo com a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), a suposta agressão teria ocorrido no dia 18 de junho.
À Polícia, a avó do menino informou que chegou à creche “O Pequeno Príncipe”, que fica no bairro Jardim Novo Horizonte, para levar fraldas para outro neto que estuda na mesma unidade.
Como o portão estava destrancado, ela entrou na creche e ao se aproximar do hall de entrada, ouviu o choro de uma criança. Ao se aproximar, viu que era seu neto que, de acordo com ela, estaria deitado no chão, aparentando estar em uma crise.
Ela afirmou que duas cuidadoras estavam no local, que teriam informado que a criança chegou na escola agressivo. Mesmo assim, a família decidiu registrar um Boletim de Ocorrência.
Após o registro de ocorrência, a DDM solicitou à Secretaria de Educação as imagens sistema de monitoramento da escola, especificamente da sala de aula e do hall de entrada.
As imagens não foram divulgadas, já que o inquérito está em segredo de Justiça. Mas, ainda de acordo com a DDM, mostram que o aluno chegou à escola em comportamento adequado, o que contraria a versão das cuidadoras.
Pelo vídeo, a Polícia ainda informou que é possível ver que a criança entra em crise duas vezes na sala de aula e é repreendida pela professora. Na sequência, o menino é retirado da sala e colocado na entrada, onde é imobilizada por 15 minutos no chão.
As agressões, ainda de acordo com o registro policial, são presenciadas por uma auxiliar de enfermagem, que não auxilia a criança.
A DDM instaurou inquérito para investigar os crimes de maus-tratos, omissão de socorro e o crime de submeter criança ou adolescente à vexame.
Prefeitura abre sindicância para apurar caso
Em nota, a Prefeitura de Ilha Solteira informou que, assim que foi comunicada do caso, desmembrou a sala de aula para separar a criança dos profissionais supostamente envolvidos.
A Prefeitura também abriu uma sindicância para apurar o caso e reforça que todas as medidas estão sendo tomadas para resolver a situação.
A Prefeitura também informou que, a partir deste ano, passou a colocar professores auxiliares em algumas salas onde havia necessidade. Além disso, em todas as salas há o auxílio de um educador.
Também informou que neste mês será iniciado um trabalho de formação para cuidadores, educadores e professores, de modo a atender as crianças adequadamente.
A Prefeitura também negou que tenha dispensado educadores e reafirmou que está contratando mais cuidadores e educadores.
Ilhadenoticias.com
Com informações da TV TEM e do G1
